domingo, 28 de julho de 2013

Infância

Eu sou uma garota comum,
Nascia no meio do rio,
Brincava com a selva,
Nadava no lago no fundo de casa,
Buscava água na mina no fim da tarde.
Cresci no maior sentimento de um pai,
Corri atrás dele quando ia caçar onças pintadas.
Diversão não faltava para aquela pequena Tainá,
Indiazinha do Mato Grosso ao Sul do Paraná.
A lama era um estojo de maquiagem para a pele,
O cascalho como se fossem massageadores daqueles pés pequenos e marrons.
Fui salva pela luz da lua radiante no alto do céus,
Comi veneno, vomitei a janta.
Sentado na varanda meu pai falava com Deus,
Eis aqui minha Filha Senhor, em prantos chorava.
Levantei da cama amarelada e chorando,
Gritava Papai eu te amo.
Lembranças da infância borrando os olhos.


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