domingo, 25 de agosto de 2013

Quando tudo diz que não

Caminhar sem rumo na selva,
Subir as margens dos rios contra a correnteza,
Passar por leões selvagens, serpentes e escorpiões,
Com todas as armadilhas em meus pés.
A carência de andar sozinha e não perceber nada,
Angustia e muitas lágrimas.
Desisti de um caminho e segui o outro,
Ficou visível quando apertou a dor.
Na mochila um terço , no zíper de dentro uma bíblia,
Sentada em cima das folhas secas, brisa batendo no rosto.
A Palavra me dizia para fazer o esforço possível para entrar na porta estreita.
Não tinha Sabedoria para discernir tudo que me dissesses.
Caminhei contra eu mesma, virei escrava da dor, 
Com ela apareceu a Carência o Desconforto e falta de Amor.
Tudo parecia dizer não,
Nada tinha sentido , porque deixei de procurar.
Invocou minha carne, o pecado se fez presente,
Foi fácil entrar da forma que achei que fosse no Reino de Deus.
Eu perdi a essência de viver e minha família sepultei.
Tudo vivia na casa do Não.
No fundo do poço, na ultima folha da videira, no ultimo dia eu ainda exalava perfume.
O Senhor dos Senhores puxou meu dedo,
Aquele que faltava pouco para afundar,
Eu, já toda suja e sem forças.
Com coragem e perseverança,
Teu amor de Pai sempre me apurou,
Comunicou os Anjos e me disse:
Filha tu es obra do meu amor, vá e não cometa mais isto.


 

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